quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Pequenos Contos - Parte IV


Mãe

Eu vi o quão difícil foi para a minha mãe me criar sozinha. Eu prometi que estaria sempre ao seu lado e que cuidaria dela. E é por isso que estou sempre perto dela, mesmo depois do acidente, que faria com que os menos devotados às suas mães seguissem em frente, pensando apenas no que fosse mais conveniente. Apesar de ter que lidar com os gritos e outras inconveniências que resultam das circunstâncias nada comuns, tenho que cumprir minha tarefa como um bom filho. Afinal, ela não deixou de ser minha mãe depois que eu morri.






A Coisa

Um guincho. Um som estridente atinge os meus ouvidos. Eu fico imaginando o que pode ser. O mesmo barulho se repete. Um grito. Parece… eu rapidamente me levanto e vou para debaixo da cama. E se ele me vir assim? Ele vai me matar, ele vai... eu nem posso imaginar. Eu escuto a porta se abrir com um rangido, e vejo os pezinhos passarem por mim. Eu tento não respirar, ele não pode saber que estou aqui, não pode! Eu vejo o estrado sobre mim se mover, conforme o monstro ocupa o lugar sobre o meu esconderijo. Eu vou pra perto da parede e respiro bem devagar. Eu escuto o som estridente dele ‘conversando’. Ele me notou? “Papai, veja se tem monstrous embaixo da minha cama.” Eu fico bem quieto agora.






Estou Aqui Agora

Pedras afiadas penetram nos meus pés frágeis enquanto fico à beira do penhasco e olho para as pessoas lá embaixo. O vento seca as lágrimas no meu rosto e eu respiro fundo. Como algo tão bonito pode ser tão cheio de mentiras? Mas eu estou aqui agora. Eu me despi da minha inocência e cresci para ser o homem que eu deveria ser. Eu vou consertar as coisas.

Eu observo Leah Wilbur enquanto ela dorme, com seus cabelos negros espalhados sobre o travesseiro. Eu toco sua perna suavemente. Eu sinto o calor em minha mão e pronuncio seu nome. Ela não se move, está exausta... eu sei. Ela estava festejando e brindando à sua recém descoberta liberdade. Eu digo seu nome de novo, mais alto dessa vez. Ela abre os olhos e me vê, e sua boca se abre para soltar um grito. Estou pronto pra ela. Meu punho direito atinge o rosto dela com tanta força. Isso faz com que ela pare de gritar e faz com que sua maçã do rosto se afunde. Eu a vejo e a escuto sufocando com seu próprio sangue. Eu a seguro e uso meu punho esquerdo. Desconto minhas frustrações nela e isso me faz sentir bem. Eu acerto a cara dela até que ela pare de se contorcer. Chegou a hora dela manter sua promessa.

Leah está recobrando a consciência. Posso ouvir seus gemidos. “Por favooorr”, ela murmura. Eu a arrasto até o corpo com a etiqueta ‘Peter Wilbur’, e empalo os dois com uma lança, e ambos caem no chão. Ali, eles se juntam aos outros casais empalados no meu campo de visão. Eu sei que você pensa que sou um monstro, mas eu já fui um garotinho com um arco e flechas com ponta de coração. Eu fui menosprezado. Eu estou sob pressão. Vocês precisam permanecer juntos.






Aloha camaradas! Voltei das férias, desculpem pela demora. Mas a rotina está ficando apertada e terei cada vez menos tempo para postar. Agradeço todo o apoio, e sempre que possível vou colocar algo novo no blog. Vou tentar estabelecer uma rotina semanal, pelo menos. Até mais, espero que gostem do post de hoje.

      -  Jimmy Hazard



4 comentários:

  1. Adorei a conto da coisa, nunca tinha pensado nesse ponto de vista

    Larissa

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  2. Bem vindo de volta! Espero que as férias tenham sido boas... kkk'
    Espero que não precise abandonar seus leitores. Anyway, ótimo post.

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  3. Oii, Jimmy! Como vai?
    Vida muito corrida? Espero que esteja tudo certo. Não abandone sua ávida leitora! >.<

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  4. isso, não abandone-nos. já faz meses cara Y_Y

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