Mãe
Eu vi o
quão difícil foi para a minha mãe me criar sozinha. Eu prometi que estaria
sempre ao seu lado e que cuidaria dela. E é por isso que estou sempre perto
dela, mesmo depois do acidente, que faria com que os menos devotados às suas
mães seguissem em frente, pensando apenas no que fosse mais conveniente. Apesar
de ter que lidar com os gritos e outras inconveniências que resultam das
circunstâncias nada comuns, tenho que cumprir minha tarefa como um bom filho. Afinal,
ela não deixou de ser minha mãe depois que eu morri.
A Coisa
Um guincho. Um som estridente atinge os meus ouvidos. Eu fico imaginando o
que pode ser. O mesmo barulho se repete. Um grito. Parece… eu rapidamente
me levanto e vou para debaixo da cama. E se ele me vir assim? Ele vai me matar, ele vai... eu nem posso imaginar. Eu escuto
a porta se abrir com um rangido, e vejo os pezinhos passarem por mim. Eu tento
não respirar, ele não pode saber que estou aqui, não pode! Eu vejo o estrado
sobre mim se mover, conforme o monstro ocupa o lugar sobre o meu esconderijo. Eu
vou pra perto da parede e respiro bem devagar. Eu escuto o som estridente dele ‘conversando’. Ele me notou? “Papai,
veja se tem monstrous embaixo da minha cama.” Eu fico bem quieto agora.
Estou Aqui
Agora
Pedras afiadas
penetram nos meus pés frágeis enquanto fico à beira do penhasco e olho para as
pessoas lá embaixo. O vento seca as lágrimas no meu rosto e eu respiro fundo. Como
algo tão bonito pode ser tão cheio de mentiras? Mas eu estou aqui agora. Eu me
despi da minha inocência e cresci para ser o homem que eu deveria ser. Eu vou
consertar as coisas.
Eu observo
Leah Wilbur enquanto ela dorme, com seus cabelos negros espalhados sobre o
travesseiro. Eu toco sua perna suavemente. Eu sinto o calor em minha mão e pronuncio
seu nome. Ela não se move, está exausta... eu sei. Ela estava festejando e
brindando à sua recém descoberta liberdade. Eu digo seu nome de novo, mais alto
dessa vez. Ela abre os olhos e me vê, e sua boca se abre para soltar um grito. Estou
pronto pra ela. Meu punho direito atinge o rosto dela com tanta força. Isso faz
com que ela pare de gritar e faz com que sua maçã do rosto se afunde. Eu a vejo
e a escuto sufocando com seu próprio sangue. Eu a seguro e uso meu punho
esquerdo. Desconto minhas frustrações nela e isso me faz sentir bem. Eu acerto
a cara dela até que ela pare de se contorcer. Chegou a hora dela manter sua
promessa.
Leah
está recobrando a consciência. Posso ouvir seus gemidos. “Por favooorr”, ela
murmura. Eu a arrasto até o corpo com a etiqueta ‘Peter Wilbur’, e empalo os
dois com uma lança, e ambos caem no chão. Ali, eles se juntam aos outros casais
empalados no meu campo de visão. Eu sei que você pensa que sou um monstro, mas
eu já fui um garotinho com um arco e flechas com ponta de coração. Eu fui
menosprezado. Eu estou sob pressão. Vocês precisam permanecer juntos.
Aloha camaradas! Voltei das férias, desculpem
pela demora. Mas a rotina está ficando apertada e terei cada vez menos tempo
para postar. Agradeço todo o apoio, e sempre que possível vou colocar algo novo
no blog. Vou tentar estabelecer uma rotina semanal, pelo menos. Até mais,
espero que gostem do post de hoje.
- Jimmy Hazard